25 de setembro será lembrado como o dia em que o preto dominou o maior festival de música do mundo, o Rock In Rio. E o (IN) Futilidades junto com o Cariri Fan representando por Janio N Lima, estava lá para contar aos fãs que adotaram o slogan “Eu Vou ficar em casa”, o que aconteceu por lá.
À Chegada ao Evento
Para ir até o evento foi dito que só se chegava de ônibus e ainda teria que andar cerca de 1Km. Porém tivemos a sorte de pegar uma van credenciada que deixava a 300m do evento, pagando a bagatela de R$ 10,00.
Ao chegar, por volta das 14:15h, encontramos uma fila básica de 3km, que durou do lugar onde estavamos até a entrada 1h. Depois de cruzar os portões fomos conhecer a Rock Street e suas atrações: bandas de blues, jazz e rock’n roll, palhaços e estátua viva. Após essa visita rápida, fomos rumo ao Palco Sunset.
Banda de rock’n’roll A Rock Street Estátua Viva de Frediee Mercury Pessoas Azuis Show de Blues
Encontros da Pesada
Nosso principal objetivo estava no Palco Mundo, então acompanhamos boa parte das atrações pelos telões, que estavam espalhados por todo o local do festival.
Palco Sunset Palco Mundo
Chegamos na metade do show do Korzus e o The Punk Metal Allstars, bem na parte em que o Marcello Pompeu (vocalista do Korzus) convidava a galera para fazer o sinal da indignação.
Este é o sinal da indignação
O show ainda contou com a participação do João Gordo, do Ratos de Porão que agitou a galera.
Presença de João Gordo
Em seguida os brasileiros do Angra subiram ao palco, abrindo o show com “Arsing Thunder”, seguida de “Angels Cry” e “Nothing to Say”. Na metade do show a tão esperada Tarja Turunen, ex-vocalista do Nightwish chegou ao palco, seguida de Lucas (integrante da Família Lima) e seu violino, para cantar “Spread Your Fire”. A presença do Lucas indignou muitos metaleiros, mas o fato de Angra e Tarja estarem juntos no palco, tornou a presença dele imperceptível.
Edu Falaschi, Lucas e Tarja Tarja pelo telão
Após, Edu Falaschi anuciou a música “Wuthering Heights”, que o Angra não toca há 15 anos. Depois de Tarja errar a introdução, a cantora recebeu o apoio da platéia, arriscou algumas palavras em português e começou de novo.
Tarja canta “Wuthering Heights”
Antes de deixar o palco, Tarja cantou a clássica “Phatom of the Opera”, que levou a galera ao delírio, e o Angra seguiu para finalizar o show.
Devido à problemas técnicos no som, o Sepultura e o Tambours du Bronx, se apresentaram com 1h de atrasado. A galera enfurecida pelo atraso atiraram coisas no palco e gritavam “FALTA DE RESPEITO”, além das vaia. Indignado com isso, Andreas Kisser, entrou no palco para avisar aos fãs irritados que estavam tentando resolver o problema e para enfantizar a raiva jogou o microfone no chão com força e deixou o palco.
Sepultuta no Palco Sunset
Por conta do atraso, o show do Sepultura coincidiu com a primeira atração do Palco Mundo, a banda Glória, e para assegurar meu lugar para as apresentações do Slipknot e Metallica, perdi um show incrível do Sepultura.
Vergonha vergonhosa
Falando em Glória, a banda brasileira foi vaiada e xingada durante toda a apresentação. Eu em particular, fiquei com pena dos caras, apesar de não gostar do som deles. Mas eles tentaram ganhar a confiança do público e conseguiram em apenas dois momentos: o primeiro foi quando fizeram dois covers da banda Pantera: “Domination” e “Walk”, e o segundo quando o Eloy Casagrande executou um solo de bateria.
Gloria no Rock In Rio
Depois da vergonhosa apresentação do Glória, foi a vez dos novaiorquinos do Coheed and Cambria, que serviu de momento relax para os metaleiros. O vocalista Claudio Sanchez, versão cacheada do primo Itt da Família Addams, cantou suas canções que iam do rock progressivo ao pós-hardcore.
Coheed and Cambria Claudio Sanchez
O METAL E O CAOS REINA
Enfim chega a hora de rock’n’roll de verdade com o Motörhead, sem frescura nenhuma. Abrindo o show com “Iron Fist” seguida de “Stay Clean” e “Back in Line”, a qual Phil Campbel empolgou a galera com um solo de guitarra admirável.
Phil e seu maravilhoso solo
A banda interagiu várias vezes com a pláteia, como em “Over the Top” onde Lemmy falou: “Estamos há 30 anos tentando encontrar o público mais barulhento do mundo. Quando eu contar até três, serão vocês”, que já fez a galera gritar, sendo repreendida “Esperem, cala a boca, porra! Quero dor! Um, dois, três!”, aí sim, a galera vibrou e deu início da música.
Para finalizar, a banda emplacou sucessos clássicos, “Ace of Spades” seguida de “Overkill”, que teve a participação de Andreas Kisser.
Lemmy, do Motohead
E finalmente, o show mais esperado por minzinha e o melhor, também: Slipknot. O show dos “mascarados”, simplesmente derrubou a Cidade do Rock. As máscaras e os clássicos macacões laranja eram apenas um extra comparado à performace. As imagens áreas mostravam verdadeiros “buracos” na galera. Eram as rodas de bate-cabeça (eu estava na borda de uma).
Os integrantes do Slipknot no Palco Mundo Slipknot espalhando o caos no RIR
A banda privilegiou sucessos dos três primeiros álbuns, como “The Blister Existis”, “Wait and Bleed”, “Spit It Out”, “Before I Forget”, “The Heretic Anthem”, levando o público ao delírio total.
Mas só performaces, interação total com o público e shows de pirotecnia eram suficientes para os 7 integrantes do Slipknot. Na música “Duality”, enquanto o vocalista Corey Taylor, conversava com os fãs, o DJ, Sid, se deslocava para o centro do local, e no decorrer da música, o mesmo se jogou para a galera.
Para encerrar o show, Corey Taylor agradeceu a pláteia. “Obrigado por fazer desta noite uma que nunca vamos esquecer” e finalizou com “Surfacing”, que impressionou a galera quando a bateria de Joey Jordison, ficou na vertical. Simplesmente incrível. Slipknot superou qualquer expectativa, por isso foi considerado o melhor show da noite.
Show Pirotécnico no encerramento do Slipknot
E… METALLICA
O show mais aguardado da noite começou à 1h15, com um video de abertura ao som de “Ecstasy of Gold” de Ennio Morricone, seguido de “Creeping Death” e “For Whom the Bell Tolls” do albúm Ride the Lightning (1984).
Abertura do Metallica James Hentfield e Lars James Hentfield Metallica tocando Nothing Else Matters
O Metallica iniciou com as músicas de seu último albúm o Death Magnetic (2008), que deixou a galera bem no ôÔÔÔÔÔÔ, afinal o Slipknot sugou toda a energia do pessoal. Mas em seguida, hits como “Fade to Black”, “Sad But True” “Fuel”, “Blackned” levantou o público. Mas o que foi levou os metaleiros ao delírio completo foi o combo “One” + ”Master of Puppets” + ”Nothing Else Matters” + ”Enter Sandman.
“One” foi introduzida com fogos de artifício, muita fumaça e lança-chamas, que lembravam as metralhadoras de guerra da abertura da música, inspirada no filme “Jonhny Vai à Guerra”. Além do vídeo em preto-e-branco.
Antes de iniciar “Enter Sandman”, o guitarrista Kirk Hammett supreendeu à todos com um trecho de “Samba de Uma Nota Só” de Tom Jobim. “Blackned” foi regada a muito fogo, a cada vez que James Hetfield cantava o trecho “… fire to begin whipping dance of the dead” os lança-chamas eram ativados.
Por fim, o Metallica saiu do palco ao som da multidão que implorava pelo hit “Seek and Destroy”. Alguns minutos depois eles voltaram cantaram “Whiplash” ameaçaram ir embora de novo, mas “atenderam” (entre aspas porque a música estava na setlist) ao público, finalizando uma grande noite.