O dinheiro das doações dos fiéis da igreja Universal era usado para comprar carros, imóveis, aviões e empresas. Esta denúncia aparece em documentos publicados pelo jornal Estado de São Paulo que revelam operações suspeitas na compra e venda de bens em nome de Edir Macedo e outras nove pessoas acusadas de desviar o dinheiro das doações.
De acordo com o Estado de São Paulo, o relatório do Coaf - conselho de controle de atividades financeiras - mostra que uma das empresas que mais receberam recursos da igreja- através de operações de triangulação de empresas - foi a rádio e televisão Record.
O jornal destaca que entre 1996 e 2007 o grupo movimentou 25,6 milhões de reais para comprar imóveis acima de 1 milhão de reais.
Entre eles, um prédio em Salvador - comprado em 1999 - por oito milhões de reais. Em 2001, em São Paulo, foram comprados uma casa por mais de três milhões de reais e um terreno por mais de quatro milhões.
No Rio de Janeiro, foram adquiridos dois terrenos em 2006: um no valor de quase 8,5 milhões de reais. Outro, de pouco mais de 1,7 milhão de reais.
Os dados estão no relatório que analisou o patrimônio pessoal do fundador da Universal, Edir Macedo.
Esses recursos viriam de doações de fiéis. Donativos e dízimos são legais e devem ser usados apenas em obras assistenciais e na manutenção dos templos. Por isso, são livres de impostos, mas o Ministério Público afirma que o dinheiro arrecadado pelo bispo Edir Macedo e por outros acusados foi sido depositado em paraísos fiscais no exterior e voltado ao Brasil, em beneficio dos réus.
Em Brasília, políticos comentaram as investigações do Ministério Público.
"É um impacto muito grande, e aí não se trata de prejulgar, mas se trata de dizer, a justiça tem de tomar uma decisão que é apurar e decidir", diz o deputador Arnaldo Madeira, do PSDB-SP. (olha só quem fala)
“Essa mistura da fé das pessoas com televisão, com política, isso não tinha como terminar bem. E não vai terminar bem.", diz o deputado Rodrigo Maia, presidente do DEM.
O senador Marcelo Crivella - do PRB do Rio de Janeiro - que é sobrinho de Edir Macedo e bispo licenciado da igreja Universal do Reino de Deus - criticou em plenário a ação em que o tio e mais nove pessoas são acusadas de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.
"Essa tese de que pastores tenham pego dinheiro de ofertas, mandado para o exterior e assim financiado recursos para enriquecer isso não é novo. Isso já foi denunciado m 1993 com denuncia apócrifa. De lá pra cá a Policia Federal, a Interpol, o FBI, a Receita Federal e finalmente o Supremo Tribunal Federal concluíram que as denúncias não tinham fundamento.", diz o senador Marcelo Crivella PRB-RJ.
O advogado Arthur Lavigne, que representa os réus, disse que não acredita que haja provas das denúncias e que só voltará a se manifestar depois de consultar diretamente os autos do processo.
(Jornal Hoje)
Comentários:
Padres pedófilos, Pastores que roubam o dinheiro dos fieis
E estou esperando a salvação!